Lula deu as declarações a jornalistas em Hiroshima, no Japão, onde participou de reunião do G7 Ricardo Stuckert
"Zelensky é maior de idade, ele sabe o que faz. Se não deu certo nessa oportunidade, vai dar certo em outra", declarou o brasileiro. Lula deu as declarações a jornalistas em Hiroshima, no Japão, onde participou de reunião do G7.
"Meus diplomatas marcaram uma agenda com o Zelensky", disse Lula. O ucraniano, porém, não compareceu. Segundo o presidente brasileiro, houve a informação de que o ucraniano estava atrasado.
"Se ele teve um encontro mais importante, eu não sei. O dado concreto é que estava marcado neste salão 15h15", disse o presidente brasileiro.
Também disse que está buscando costurar um bloco para promover a paz com Índia, China e Indonésia. Lula declarou que o mundo precisa de tranquilidade.
O petista reiterou que há 15 dias enviou Celso Amorim, seu principal conselheiro de política internacional, para conversar com Zelensky. A impressão é que, por enquanto, o ucraniano não está disposto a negociar o fim da guerra, avaliou.
"Parece que os dois (Zelensky e Putin) acreditam que alguém vai ganhar e não precisa discutir a paz", disse Lula. O presidente brasileiro afirmou que o conflito ainda pode durar muito tempo.
Lula disse que em algum momento os presidentes dos dois países vão querer negociar, e que negociação não é rendição. "Estou pronto para ir à Rússia, para ir à Ucrânia, para ir ao fim do mundo para discutir o fim dessa guerra. Agora não, porque eles não querem", disse o presidente brasileiro. "Paz só é possível se os dois quiserem", declarou Lula.
"Há um grupo de países do sul que está tentando encontrar a paz que o norte não está conseguindo fazer", disse ele. Lula declarou que é necessário parar os ataques para que seja possível discutir o fim da guerra.
O presidente brasileiro condenou a "ocupação territorial" da Ucrânia. Afirmou que os ucranianos tinham o direito de se defender.
A declaração é importante porque, no passado, Lula já disse que o país e a Rússia tinham responsabilidade semelhante pelo conflito. As falas de Lula sobre o tema causaram desgaste junto à comunidade internacional.
"Ninguém tem um modelo pronto (de paz), o modelo pronto será deles (Rússia e Ucrânia)", disse Lula. Ele também declarou que sua guerra é contra a fome no Brasil.
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