CPI do MST foi aberta na manhã do dia 17 de maioFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Teixeira e Fávaro precisarão dar esclarecimentos sobre acusações de ocupações a terras privadas produtivas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. A dupla foi convidada e não convocada. Isso significa que os dois podem recusar o convite e não comparecer na Casa.
No começo da sessão desta quarta, os deputados das bases do governo e oposição chegaram a um acordo e decidiram não convocar nenhum ministro, mas apenas convidá-los. A ideia é demonstrar respeito entre as instituições, evitando conflito e uso político de ambas as partes.
Os governistas tentaram solicitar a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na CPI do MST. Ele iria falar sobre a taxação no setor ruralista. Porém, a oposição não concordou porque, na visão do grupo, fugia do principal enfoque da CPI, que é investigar os atos do MST.
Por outro lado, opositores de Lula aprovaram um requerimento que pede informações do Ministério da Agricultura sobre o período em que Jair Bolsonaro (PL) era presidente da República.
Os parlamentares, a maioria petistas, votaram para que acontecessem diligências – visita técnica – ao município de São Felix do Xingu (PA), no Complexo Divino Pai Eterno. Porém, a oposição conseguiu negar o pedido. O local público é pleiteado por fazendeiros que desejam criar gado. Membros do MST dizem que há muita violência pelos ruralistas contra os trabalhadores rurais.
Já a diligência aos locais ocupados pelo MST em 2023 foi provada. O grupo chegou a um acordo para que visitas técnicas aos locais da comissão sejam comunicadas com 72 horas de antecedências para que os deputados possam se preparar para viajar.
CPI do MST
A Comissão Parlamentar de Inquérito tem como objetivo principal apurar quem são os financiadores das recentes ocupações feitas pelo Movimento dos Sem Terra, que totalizam 60 ações desde que Lula assumiu a presidência.
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