Atualmente, segundo dados do MST, há 7 mil famílias em 171 assentamentos na região visitada pelos parlamentaresMarcelo Camargo/Agência Brasil

Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST estiveram nesta segunda-feira, 29, em Presidente Prudente (SP) para visitar áreas invadidas e acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Essa é a primeira agenda externa da comissão, que investiga as invasões de terras produtivas pelo país.

Os deputados visitaram a zona rural no Pontal do Paranapanema, onde há invasões de terra há pouco mais de 33 anos. Atualmente, segundo dados do MST, há 7 mil famílias em 171 assentamentos na região visitada pelos parlamentares.

O grupo foi liderado pelos deputados Ricardo Salles (PL-SP), relator da CPI, e Coronel Zucco (Republicanos-RS), que preside a comissão. Também estiveram no local os deputados Capitão Alden (PL-BA); Caroline de Toni (PL-SC); Magda Mofatto (PL-GO); Messias Donato (Republicanos-ES); Nilto Tatto (PT-SP); e Rodolfo Nogueira (PL-MS).

Eles se reuniram com autoridades policiais e pediram explicações sobre as investigações da Polícia Civil, além de detalhes da prisão de José Rainha e Luciano de Lima, líderes do movimento suspeitos de extorquirem dinheiro de proprietários de áreas rurais. Os parlamentares ainda visitaram os assentamentos e conversaram com as lideranças do movimento.
Além dos deputados federais, o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP) também participou das reuniões. Ele deve integrar a CPI das invasões do MST na Alesp no segundo semestre.

O local foi escolhido após o MST promover o "Carnaval Vermelho", data em que o grupo realiza manifestações sociais em todo o Brasil. Na região do Oeste Paulista, mais de 2,5 mil se mobilizaram em ocupações nos últimos meses.

A CPI que investigará as invasões de terras promovidas pelo MST foi instalada na última terça-feira, 23, na Câmara dos Deputados. Dois ministros, Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) entraram na mira dos parlamentares e foram convidados a depor. Entretanto, eles ainda não deram respostas aos parlamentares.
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