Empresário está preso em cela isolada há 30 diasReprodução/Redes sociais
O primeiro julgamento do empresário Thiago Brennand acontecerá nesta terça-feira (30), às 14h, na 2ª Vara de Porto Feliz, interior de São Paulo. Ele está preso desde o dia 29 de abril, após passar oito meses nos Emirados Árabes. Se considerado culpado, terá de seis a 10 anos de reclusão. Investigado por crimes graves, incluindo estupro, lesão corporal, ameaça e cárcere privado, hoje será julgado por estupro de uma mulher norte-americana que mora no Brasil.
Eles se conheceram quando ela queria comprar um cavalo e começaram a ter um relacionamento, que durou aproximadamente dois meses, segundo o Ministério Público.
"Inicialmente, o homem mostrou comportamento gentil, mas depois passou a agir de maneira agressiva, até chegar ao ponto de obrigar a vítima a manter relações sexuais com ele. Além disso, o empresário disse ter gravado cenas íntimas da mulher, passando a ameaçá-la com a divulgação das imagens caso ela rompesse o relacionamento", informou a Promotoria de Porto Feliz.
Essa denúncia foi aceita em 4 de novembro de 2022 pelo Judiciário, que decretou a prisão preventiva de Brennand também por conta do caso.
No julgamento, a vítima será a primeira a ser ouvida. Em seguida, oito testemunhas prestarão depoimento e depois Thiago Brennand será interrogado. Após a interrogação, a acusação e a defesa terão 15 minutos cada para realizar as alegações. Depois, o juiz Guilherme Faggion Sponholz pode dar a sentença.
Entenda
Brennand deixou o Brasil no dia 4 de setembro de 2022. Ele começou a ser investigado após agredir uma atriz em uma academia em São Paulo. O empresário foi flagrado agredindo a atriz Alliny Helena Gomes, 37, durante discussão em uma academia na Zona Oeste de São Paulo. A denúncia veio a público após reportagem exibida pelo Fantástico no dia 30 de agosto.
Em um pedido liminar negado pela Justiça, a defesa alegou ele está sendo "caçado como troféu ao combate à violência contra mulher". Depois disso, outras denúncias surgiram e ele virou réu neste e em outros processos por crimes como lesão corporal e estupro.
Ele ainda foi preso em outubro do ano passado, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, mas pagou fiança e foi solto. No mês seguinte, a embaixada brasileira em Abu Dhabi oficializou um pedido de extradição, segundo o Itamaraty. Ele retornou ao Brasil no dia 29 de abril escoltado e foi encaminhado diretamente para a Superintendência da Polícia Federal, na Lapa.