Proposta prevê maior reajuste para policiais militaresRovena Rosa/Agência Brasil

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionou nesta segunda-feira (12) o projeto que reajusta em 20% os salários de policiais civil e militares. Um evento foi realizado no Palácio dos Bandeirantes para a assinatura da proposta.
O texto prevê reajuste entre 13,7% e 34,2% para a categoria, entretanto, exclui policiais penais e agentes da Fundação Casa. A medida causou revolta entre os funcionários públicos, que protestaram contra o governo.
“Para que nós tenhamos segurança pública, é necessário reconhecer e valorizar as forças policiais. E esse é o primeiro passo de muitos outros que serão dados”, afirmou Tarcísio.
“Estamos extremamente comprometidos com a segurança pública. Temos que aproveitar o que temos de mais valioso, que é o nosso profissional. Se nós proporcionarmos tecnologia e infraestrutura e se valorizarmos as corporações, eu não tenho dúvida: nós vamos vencer a guerra da segurança pública e garantir a paz para o cidadão”, concluiu.
A proposta prevê maior reajuste para policiais militares. Soldados de 2ª classe terão aumento de 34%, enquanto os aspirantes receberão reajuste de 13%.
Entre os policiais civis, a maior alta será para escrivães e investigadores de terceira classe, com 24% de aumento. Delegados especiais, por exemplo, vão receber bem menos: cerca de 14%.
O texto foi aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em maio após dois adiamentos. O atraso na apreciação do texto irritou Tarcísio e mostrou um enfraquecimento do governo junto ao Legislativo.
A falta de articulação fez com que a base de oposição tentasse emplacar emendas para incluírem policiais penais e agentes da Fundação Casa no projeto, mas sem sucesso. Eles ainda tentaram incluir outra proposta, do deputado Major Mecca (PL), que prevê um aumento maior 2º tenente e 3º sargento, mas não houve acordo.
Segundo o Palácio dos Bandeirantes, os vencimentos passarão a valer no dia 1º de julho.