O empresário Thiago Brennand, que está preso suspeito de estupros e agressões, agora é investigado pelos crimes de apropriação indébita e ameaça por não pagar por obras de artes.
Segundo a Polícia Civil de São Paulo, em março de 2020 e novembro de 2022, ele teria encomendado obras de arte na Zona Sul da capital paulista O vendedor das obras acusa o empresário de ameaças após Brennand arrematar um quadro de R$ 350 mil em um leilão, e não realizar o pagamento.
Ao ser cobrado pelo valor, o empresário teria dito ao vendedor que "não sabia com quem estava falando". Para tentar "salvar a venda", um funcionário entrou em contato e teria oferecido um desconto de 5%, que era o lucro da operação.
Thiago Brennand teria dito que estava montando uma coleção para decorar a sua mansão em Porto Feliz, no interior do estado, e passou a encomendar mais obras.
Durante os encontros para negociar as obras de arte, Brennand chegava apenas com homens armados, reafirmando ser "o maior colecionador de armas" do país, relatou o funcionário em documento.
Além disso, um outro pintor, Antônio Bandeira, também teve o quadro "levado" por Brennand e não recebeu o pagamento. Ao todo, quatro quadros foram levados e não foram pagos. O vendedor tentou cobrar o dinheiro, mas desistiu após sofrer ameaças.
Brennand está preso desde o dia 29 de abril, após passar oito meses nos Emirados Árabes. Ele é investigado por crimes graves, incluindo estupro, lesão corporal, ameaça e cárcere privado.
Brennand será interrogado no próximo dia 21 de junho. Além dele, a audiência marcada para às 14h, também ouve cinco testemunhas de defesa. Todas as oitivas e o interrogatório do acusado ocorrem no formato virtual. Ele está preso no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros.
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