Rafaela Drumond, escrivã da Polícia Civil foi encontrada morta em Barbacena Reprodução
De acordo com o Sindep, a profissional havia feito contato com o jurídico do sindicato na última semana e denunciando o assédio sofrido no ambiente de trabalho. O conteúdo da denúncia, segundo a entidade, continuará mantido sob sigilo.
O órgão afirmou, ainda, que recebeu outras denúncias, e que deve realizar uma técnica na Regional. Eles lamentaram e disseram que não houve tempo hábil para intervir antes da morte da escrivã.
Em entrevista a rede Globo, o pai de Rafela afirmou que o comportamento da filha estava diferente nos últimos três meses, no entanto, a família achou que ela estaria tensa por estar focada nos estudos para a prova de um concurso para o cargo de delegada que iria realizar.
“Busquei ela terça-feira da semana passada e na sexta aconteceu toda essa tragédia. Fiquei perdido, não entendi o que aconteceu com a minha filha. Uma menina cheia de vida, com emprego e tudo e, de repente, dá essa tragédia. Fui em outro mundo e voltei. Enterrei ela no sábado, no domingo a gente ficou vagando e na segunda saiu essa notícia que aconteceu no trabalho dela. Quero que seja elucidado esse caso”, disse.
Ainda em choque com a morte da filha, o pai acredita que Rafaela tenha tantado preservar a família e, por isso, não contou sobre o que estava acontecendo no ambiente de trabalho.
“O que acalenta um pouco é que, na tarde de ontem [terça], depois que cheguei a sair na cidade, fui chamado na delegacia de Barbacena, que estava a escrivã que é chefe de todas as escrivãs do Estado, com mais uma assistente social e uma psicóloga da própria Polícia Civil, que entrou no caso. (...) Pelo menos me conforta, que o caso da minha filha vai ser elucidado. Eu acredito no trabalho da Polícia Civil, órgão no qual a minha filha pertencia e tinha o sonho de continuar lá”, afirmou.