Coronel Naime Barreto quer ter o direito de não responder a perguntas na CPMIDivulgação/PM-DF
A investigação apura suposta "omissão" de Naime nos ataques golpistas realizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Praça dos Três Poderes. O militar havia solicitado folga no trabalho antes dos eventos e estava fora de Brasília no momento dos ataques.
Naime pediu dispensa do serviço no dia 3 de janeiro, solicitando folga até o dia 8. O pedido foi aprovado pelo então comandante-geral da PM-DF, Fábio Augusto Vieira, no dia 5.
Na época, Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, também estava ausente da capital no dia dos atos golpistas. Torres também foi exonerado e está detido em Brasília.
Além de Naime, outros três militares foram presos durante a operação. O major Flávio Silvestre de Alencar, subcomandante do 6º batalhão de Polícia Militar do DF, o capitão Josiel Pereira Cesar, vinculado ao gabe do comandante-geral da PM, e o tenente Rafael Pereira Martins também foram detidos por suspeitas de omissões que contribuíram para as invasões dos prédios dos Três Poderes.
Quem é Jorge Eduardo Naime Barreto
Com especializações em Segurança Pública pela Universidade Federal da Paraíba e em Direitos Humanos pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, Naime também participou de cursos extracurriculares, incluindo um sobre conflitos e agressões entre casais de militares, intitulado "As relações conjugais entre militares: Lei Maria da Penha ou Lei Penal Militar?".
Ao longo de sua carreira, Naime atuou nos batalhões de operações com cães e operações especiais, além de ocupar o cargo de subsecretário na Secretaria de Estado de Turismo do Distrito Federal de 2012 a 2014. Em 1999, o militar recebeu uma medalha comemorativa por dez anos de bons serviços prestados à Polícia Militar do Distrito Federal.
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