Romeu Zema tem sido acusado de xenofobia por conta de suas últimas declaraçõesDivulgação
O discurso irritou políticos do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Com a repercussão negativa, o governador se desculpou. “Talvez por uma questão de não usar as palavras mais adequadas, eu fui mal interpretado. Porque quem conhece o brasileiro, sabe: o que ele quer é um trabalho digno. Ele recebe o auxílio porque não está tendo opção. E nós, governadores aqui do Sul e Sudeste, priorizamos a geração de empregos”.
Após a poeira diminuir, Zema voltou a acenar para os eleitores do Sul e Sudeste. “Eu tenho dito que nós governadores do Sul e do Sudeste agora temos trabalhado unidos e representamos mais de 55% dos brasileiros. E, se possível, nós queremos nos unir em torno de um nome [para as eleições de 2026]. Porque Sul e Sudeste precisam e têm condição de levar adiante um bom projeto Brasil. Somos os estados que talvez representem um Brasil que está desenvolvendo mais. Precisamos ter mais força política”, relatou em entrevista em Curitiba.
O posicionamento não foi bem recebido por aliados. Na avaliação do seu grupo, Zema não conseguirá conquistar mais eleitores do que a direita já tem no Sul e Sudeste, mas pode perder apoiadores no Centro-Oeste, Norte e, principalmente, no Nordeste.
A avaliação é que, se o governador mineiro não calibrar o discurso, será “atropelado” por Tarcísio de Freitas e não terá o apoio de Bolsonaro na eleição de 2026.
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