Pablo Marçal tentou disputar a Presidência em 2022, mas teve a candidatura impugnada pelo TSEReprodução/Internet

A Polícia Federal deflagrou a Operação Ciclo Fechado, em São Paulo, nos municípios de Barueri e Santana de Parnaíba, nesta quarta-feira, 5. A investigação apura suposta falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de capitais, durante as eleições de 2022. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e nas sedes das empresas supostamente envolvidas

Um dos alvos é o coach e influencer Pablo Marçal, que foi candidato a Presidente da República e a Câmara dos Deputados. De acordo com a PF, ele e seu sócio realizaram doações milionárias às campanhas, sendo que boa parte desses valores foi remetido posteriormente às próprias empresas das quais tem parceria.
No Twitter, o influenciador se defendeu e disse estar sofrendo "perseguição política" por ter dado suporte a Jair Bolsonaro (PL) na última eleição. Ele ressaltou que virar alvo da Polícia Federal é  "fruto do pacote que todos estão sofrendo" por terem apoiado o ex-presidente e uma "clara tentativa de silenciar as vozes daqueles que defendem a liberdade nessa nação". Marçal ainda se colocou a disposição dos investigadores e disse confiar que "a Justiça eleitoral usará da firmeza da lei para cessar essa revolta instaurada sobre mim".
 Eleições de 2022
Pablo Marçal foi candidato à presidência da República pelo PROS (Partido Republicano da Ordem Social) no pleito do ano passado, mas foi barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após mudança no comando do partido com Eurípedes Gomes de Macedo Júnior. Com a alteração, a legenda entrou em acordo com o Partido dos Trabalhadores, para apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O coach então declarou apoio a Jair Bolsonaro (PL) e ainda conseguiu se eleger como deputado federal, com 243.037 votos, porém teve a candidatura contestada novamente. Dessa vez pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) devido à falta de documentos. Com a decisão, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) foi reeleito.
Polêmicas
Em janeiro de 2022, Pablo Marçal foi alvo da Polícia Civil após levar 33 pessoas ao Pico dos Marins, em Piquete, em São Paulo, e precisar ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros. Na época, ele chegou a ser acusado de expor pessoas a risco e proibido de realizar novas expedições, mas não foi responsabilizado pelo delegado que presidiu o caso. 
Recentemente, o coach teve seu nome envolvido em novas polêmicas. Desta vez no falecimento de Bruno da Silva Teixeira, prestador de serviço da XGrow, empresa fundada por Marçal, após uma maratona organizada pela plataforma de aprendizado digital em 5 de junho.
O desafio teria inicialmente 21km, mas foi aumentado para 42km sem aviso prévio. A vítima conseguiu percorrer 15km até perder a consciência e falecer no hospital Albert Eistein. Ex-funcionária e amiga de Bruno, Clara Serbim usou suas redes sociais para denunciar uma rotina de assédio moral dentro da organização. Incluindo a exigência que os colaboradores se exercitassem diariamente, sob ameaça de serem demitidos. 
Na última quinta-feira, 29, o técnico Celso Guimarães Silva morreu após ser eletrocutado enquanto preparava uma live no estúdio de Pablo Marçal. Segundo a vítima, que ficou internada no  Hospital Municipal de Barueri, ele "recebeu uma descarga elétrica de 220 volts" enquanto montava os equipamentos no alto de uma escada.
Em nota, o influencer afirmou que o local estava "locado para terceiros", responsáveis pela contratação de um produtor e de Celso como eletricista. Também pontuou que a empresa responsável pelo aluguel estava prestando todo auxílio necessário para a família da vítima. 

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