Rafaela Drumond havia solicitado a transferência para outra delegacia, mas seu pedido foi ignorado por um delegadoReprodução/Instagram
Segundo ele, a morte foi resultado de "pressão e assédio moral dentro da corporação", apesar de ter sido inicialmente registrada como suicídio. Ele relatou que estava na funerária tentando cuidar das coisas da filha, quando o escrivão ligou dizendo: 'o delegado de Carandaí quer falar com você'.
"Foi uma pressão enorme, e não era o momento para isso.", lamentou o pai de Rafaela.
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que informações sobre o caso serão divulgadas apenas após a conclusão do inquérito. A Polícia Civil esclareceu que as investigações estão em andamento na Corregedoria-Geral da instituição e que mais informações serão fornecidas ao final do inquérito policial.
O pai da jovem disse também que enquanto se despedia da filha na porta do funeral, procurado pelo delegado da delegacia de Carandaí, "delegado Itamar" e pelo "inspetor Celso", acrescentando:
"Os policiais ficaram em cima de mim, fazendo pressão, querendo saber se eu sabia de alguma coisa. Eu não sabia de nada que minha filha passou. Durante a noite, continuou esse assédio em cima de mim."
Dias antes de sua morte, Rafaela apresentou uma série de denúncias de assédio moral, assédio sexual, pressão psicológica e sobrecarga de trabalho ao Sindep-MG (Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais), que confirmou ter recebido as denúncias, mantendo o conteúdo em sigilo.
Atenção para o Centro de Valorização da Vida
Caso você esteja passando por pensamentos suicidas, procure ajuda especializada como o CVV (Centro de Valorização da Vida) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) em sua cidade. O CVV está disponível 24 horas por dia (incluindo feriados) através do telefone 188, além de atender por e-mail, chat e pessoalmente. Existem mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.
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