Indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips foram assassinados no Vale do JavariAgência Brasil
Os acusados são Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, e Jefferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha. Pelo que aponta a investigação, as vítimas foram assassinadas em uma emboscada no Rio Itacoaí, no município de Atalaia do Norte, vizinho de Tabatinga, em junho do ano passado.
De acordo com a entidade, que fortaleceu, com Bruno Pereira, um esquema de proteção aos povos indígenas da Terra Indígena (TI) do Vale do Javari, a continuidade da audiência está prevista para os dias 20 e 27 de julho. A Agência Brasil procurou a Justiça Federal do Amazonas, para obter detalhes sobre a lista de depoimentos que serão colhidos e aguarda retorno.
A audiência, que irá definir se os acusados irão a júri popular, teve início em 20 de março. Por diversas vezes, houve suspensão, inclusive por obstáculos como a conexão de internet, que impede a participação por vídeo dos acusados.
Problemas
O local centraliza o maior número de povos em isolamento voluntário do mundo, grupos que optam por manter distanciamento de não indígenas. Ao todo, são 19, de acordo com o Instituto Socioambiental (ISA), como os mayuruna/matsés, os matis, os kulina pano, os kanamari e os tsohom-dyapa.
Em fevereiro deste ano, uma comitiva do governo federal esteve no Vale do Javari, para anunciar uma série de ações com o objetivo de dar mais segurança à população da região. Contudo, lideranças têm criticado a falta de efetividade das medidas, dizendo que pouco tem mudado.
"Nós do Vale do Javari, iremos lutar incansavelmente para que o brutal assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillps não seja esquecido e que os esforços deles para enfrentar a atual situação do Vale do Javari não tenham sido em vão", complementou.
A reportagem solicitou posicionamento do Ministério dos Povos Indígenas e da Funai sobre o comentário de Beto Marubo e aguarda retorno.
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