Conflito em Chapecó causou a morte de um indígena da nação kaingangMarcelo Camargo/Agência Brasil
Funai reúne lideranças kaingang para solucionar conflito em Chapecó
Prefeitura diz que 350 indígenas estão abrigados em ginásio
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) realiza na tarde desta segunda-feira, 24, uma reunião com lideranças do povo kaingang, em Chapecó, Santa Catarina, em busca de solução para o conflito que resultou na morte de um indígena e deixou outros 11 feridos. O confronto, que aconteceu no último dia 16, teria sido motivado pela expulsão de integrantes da Reserva Indígena Kondá pelo cacique Efésio Siqueira, após ter sido contestado pelo grupo.
Segundo a prefeitura de Chapecó, após o conflito, parte da população indígena foi acolhida no Ginásio Ivo Silveira, onde foi recebida por uma equipe da Defesa Civil, das secretarias de Saúde e Assistência Social do município e recebeu doações de colchões e alimentação. Atualmente, 350 indígenas ocupam o local, mas a Prefeitura de Chapecó solicitou à Funai o remanejamento dessa população para um local mais adequado.
Durante a manhã, a Polícia Federal deflagrou uma operação para cumprir 14 mandados de busca e apreensão no processo de investigação do conflito. Desses, sete mandados foram cumpridos na reserva indígena e outros sete no ginásio, onde estão alojados os indígenas que foram expulsos da comunidade. “Foram recolhidos celulares nos dois lugares, sem nenhum tipo de resistência”, informou Adroaldo Antonio Fidelis, coordenador regional da Funai.
Segundo a Polícia Federal, o efetivo na região foi reforçado desde o domingo em que aconteceu o conflito e os agentes atuarão na região com medidas preventivas e de apoio à Polícia Militar de Santa Catarina até que haja uma solução e quando não houver mais risco de novos eventos violentos.
A Funai informou, por meio de nota, que trabalha junto com a prefeitura na busca por medidas possíveis para acomodação temporária dos indígenas que estão no ginásio. A proposta que será discutida é de acomodar o grupo em territórios vizinhos, para garantir a segurança e o bem-estar dos envolvidos no conflito.
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