Cármen Lúcia, ministra do STFTânia Rego/Agência Brasil

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia disse que a democracia e a Corte não foram abaladas pelos atos golpistas registrados em 8 de janeiro deste ano. Na ocasião, ela ainda afirmou que o povo brasileiro não tem "o direito de desistir da democracia".

"Vamos completar 200 dias do que chamamos de dia da infâmia, o 8 de janeiro. A democracia não foi abalada, o STF não foi abalado", afirmou, durante evento na capital paulista nessa quarta-feira, 26. "A democracia não se abala quando há uma sociedade que não se deixa abalar."
Ao falar sobre a ditadura, a ministra disse que é "o regime do ódio" e que a democracia é o "afeto libertador", mas que está associada a uma ideia de "construção permanente", não a "algo acabado e pronto". "Nós temos o dever de fazer com que o desejo [por democracia] de tantas gerações aconteça", acrescentou.

Prédios depredados
Após os ataques aos prédios dos Três Poderes, os edifícios públicos ficaram completamente depredados. Na ocasião, instalações foram quebradas, câmeras de segurança arrancadas e destruídas e a fiação foi exposta.

Imagens tiradas de dentro do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) mostram a destruição causada pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os invasores destruíram, inclusive, parte importante do acervo artístico e arquitetônico ali reunido e que "representa um capítulo importante da história nacional", conforme nota emitida pelo Palácio do Planalto.