A Polícia Militar prendeu 58 pessoas durante cinco dias de operação na Baixada Santista, entre 28 de julho e 1º de agosto. A ação policial teve início após o soldado Patrick Bastos Reis ser morto por criminosos quando fazia patrulhamento em uma comunidade no Guarujá.
Deste total, 38 foram presos em flagrante e 20 eram procurados da Justiça. Outros quatro adolescentes foram apreendidos por tráfico de drogas. Até esta terça-feira (1), a polícia apreendeu 385 quilos de entorpecentes e 18 armas, entre pistolas e fuzis. O principal suspeito de ter assassinato o policial também foi preso.
De acordo com a polícia, todos os envolvidos na morte do policial foram identificados e presos, mas a operação segue para sufocar o tráfico de drogas e o crime organizado, que possui grande atuação na Baixada Santista.
A PM informou à reportagem que, até o momento, 14 mortes foram confirmadas em decorrência da operação.
Policiais baleados
Somente nesta terça-feira (1) dois policiais foram baleados à luz do dia por criminosos em Santos. Uma policial foi baleada pelas costas no bairro Campo Grande quando fazia patrulhamento.
Após o crime, os criminosos fugiram em direção ao morro São Bento. Lá, atacaram uma viatura do BAEP e balearam outro policial, atingido com um tiro na perna. Na troca de tiros, um dos criminosos foi baleado e morreu e outros dois foram presos. Os policiais foram hospitalizados e não correm risco de morrer.
Denúncias de tortura
Em entrevista à GloboNews na noite do último domingo (30), Cláudio Silva, ouvidor da Polícia Militar, informou que recebeu denúncias de que os policiais teriam torturado moradores.
''Nós recebemos áudios de moradores e lideranças comunitárias apresentando uma série de relatos de abusos cometidos pelas tropas policiais naquele local. A gente está levantando essas informações, produzindo um relatório e amanhã pela manhã enviaremos à Secretaria de Segurança Pública e à Corregedoria da Polícia Militar''.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.