O advogado de Walter Delgatti Neto, hacker da Vaza Jato, afirmou que seu cliente teme morrer, mas não descarta um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. A declaração foi feita nesta quarta-feira, 2, em entrevista para a GloboNews.
Ariovaldo Moreira, responsável pela defesa de Delgatti, disse que seu cliente pode fornecer mais "detalhes" à PF, mas um acordo de delação dependerá de uma futura conversa entre ambas as partes.Segundo o advogado, o hacker tem provas de que esteve no Ministério da Defesa e participou de uma reunião sobre urnas eletrônicas com militares, intermediada pela deputada Carla Zambelli (PL-SP).
“Segundo Walter, ele esteve, sim, no Ministério da Defesa, acompanhou algumas reuniões acerca da confiança das urnas. Ele realmente esteve lá e prestou algum serviço, mas ele também recebeu propostas de invasões”, relatou Moreira.
Entenda o caso
- Operação autorizada por Alexandre de Moraes, ministro do STF, busca informações sobre documentos falsos inseridos no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (CNJ).
- Foram forjados alvarás de soltura e um mandado de prisão falso, incluindo o nome do próprio Moraes.
- Walter Delgatti Neto, conhecido como "hacker da Vaza Jato", foi preso em Araraquara, no interior de São Paulo.
- Ele já havia sido preso em 2019 por invasão do celular de autoridades e autorizado a responder em liberdade com restrições.
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