A deputada Carla Zambelli (PL-SP), que foi alvo de busca e apreensão da Operação 3FA na quarta-feira, 2, deve prestar depoimento à Polícia Federal (PF) na próxima segunda-feira, 7, às 14h. A informação foi confirmada pela defesa da parlamentar.
A PF apura se a parlamentar estava envolvida na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserir documentos falsos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”, diz a nota da PF.
A defesa da deputada revelou que ela recebeu a PF em sua casa às 6h da manhã de quarta com "muita surpresa". Os advogados disseram ainda que até esta sexta-feira, 4, eles não tiveram acesso ao inquérito.
Na Operação 3FA, Walter Delgatti Neto, conhecido como hacker da "Vaza Jato" foi preso. Em outras passagens pela polícia, ele afirmou à PF que cuidava das redes sociais e do site de Zambelli, sendo que ele estava proibido de utilizar as redes sociais, condição imposta para ter liberdade provisória.
Delgatti revelou ainda que a deputada o financiava para fazer diversas irregularidades, incluindo tentativas de invasão das urnas eletrônicas, celulares de ministros do STF, além dos sistemas do TSE e CNJ. Ele resolveu contar tudo à PF por medo de morrer, segundo a defesa do hacker.
Walter Delgatti Neto, foi preso em Araraquara, São Paulo. Ele já havia sido preso em 2019 por invasão do celular de autoridades e autorizado a responder em liberdade com restrições.
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