Renan Calheiros foi um dos acusados pela PGR. em 2017, de integrar esquema de propina Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta sexta-feira, 4, o ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela rejeição da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra políticos do grupo intitulado pejorativamente "quadrilhão do MDB" no Senado, sob acusação de organização criminosa.
A denúncia foi apresentada em 2017, no auge da Operação Lava Jato, e envolvia senadores e ex-senadores, incluindo nomes como Jader Barbalho, Renan Calheiros, José Sarney, Edison Lobão, Romero Jucá, Valdir Raupp e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado.

Em 2023, a PGR mudou sua posição e pediu no Supremo a rejeição da acusação, alegando que ela se baseou apenas em delações premiadas e em material fornecido por colaboradores, o que foi vetado por lei após a aprovação do pacote anticrime. A ação está sendo analisada no plenário virtual do STF. Os ministros têm até o dia 14 para apresentarem seus votos.
Segundo a denúncia, os emedebistas teriam recebido cerca de R$ 865 milhões em propina. Esse valor teria sido pago por fornecedores da Petrobras e sua subsidiária Transpetro.

A acusação afirma que as vantagens indevidas eram cobradas por diretores indicados pelo MDB, que permaneciam em seus cargos por conta do apoio dos políticos.