Alexandre de Moraes, ministro do STF e presidente do TSE Valter Campanato/Agência Brasil
"Houve necessidade de nova leitura institucional no sentido finalístico. Não é possível que a Constituição permita a utilização sem limites de determinadas previsões, liberdades, para que possa a própria democracia, o Estado de direito, serem rompidos", afirmou.
Sem citar o ex-presidente Jair Bolsonaro, ele disse que o novo método de ataque "é muito mais nocivo do que métodos anteriores" e se baseia no "populismo que, de forma inteligente, passou a atacar a democracia internamente".
Moraes falou na abertura de seminário que trata da proteção da democracia contra ameaças externas. De iniciativa do ministro Gilmar Mendes, do STF, o seminário "Democracia defensiva: experiência da Alemanha e do Brasil" é realizado nesta quarta-feira na sede da Corte.
Participam da mesa, ainda, o corregedor-geral do TSE, Benedito Gonçalves, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e os ministros do TSE Floriano de Azevedo Marques e André Tavares.
Nesta terça-feira, 15, em outro evento realizado no TSE, Moraes também disse que a Corte eleitoral e o Supremo Tribunal Federal (STF) precisaram "inovar" para proteger a Constituição.
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