Ex-secretário de comunicação do governo Bolsonaro e atual assessor do ex-presidente, Fábio WajngartenAgência Brasil

O ex-secretário de comunicação do governo Bolsonaro e atual assessor do ex-presidente, Fábio Wajngarten, reagiu ao depoimento do hacker Walter Delgatti na CPMI do 8 de Janeiro, nesta quinta-feira, 17. Ao falar na comissão, Delgatti disse que Bolsonaro teria pedido que ele tentasse violar a segurança das urnas eletrônicas para mostrar a fragilidade da segurança eleitoral e forjasse um código de computador para mostrar na campanha eleitoral que era possível fraudar contagem dos votos.

"Não se pode adjetivar o depoente, notoriamente condenado, Contudo inúmeros adjetivos são repetidamente endereçados ao presidente Jair Bolsonaro. São 2 pesos e 2 medidas. Mente e mente e mente", escreveu. Wajngarten em sua rede social.

Responsável pela publicidade no governo Bolsonaro, Wajngarten negou ainda que o comitê de campanha do ex-presidente tenha cogitado usar o hacker no horário eleitoral para demonstrar a fragilidade das urnas.
"Eu convivo com o presidente Jair Bolsonaro desde 2016. Jamais ele sugeriu qualquer briefing publicitário para produção de qualquer roteiro de filme ou propaganda. Para o depoente de hoje, o presidente seria um Spielberg de temas eleitorais. Mente e mente e mente".

O hacker disse na CPMI que o ex-presidente teria lhe oferecido um indulto para que violasse medidas cautelares da Justiça e invadisse o sistema das urnas eletrônicas, expondo supostas vulnerabilidades.
Segundo Delgatti, a conversa com Bolsonaro aconteceu no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, e contou com a participação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do coronel Marcelo Câmara.

Ele não apresentou provas de suas acusações contra o ex-presidente, mas deu detalhes e listou supostas testemunhas. O hacker se colocou à disposição das autoridades para realizar acareações e comprovar o seu depoimento.