Defesa avalia a possibilidade de Delgatti fazer uma delação premiadaDivulgação: Agência Senado
Antes da nova oitiva, o advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira, falou com repórteres que estavam em frente à sede da Polícia Federal, afirmando que seu cliente iria prestar esclarecimentos sobre seu encontro com Bolsonaro em 2022.
Na entrevista, Moreira afirmou que existem provas de que a tal reunião com Bolsonaro e Zambelli existiu, mas declara ser “impossível” provar seu conteúdo, porque a deputada exigia que ele deixasse o celular em modo avião durante suas reuniões. “Ele foi orientado por Carla Zambelli a deixar o celular dele em modo avião. Ele não relatou isso ontem, mas ele me contou”, disse o advogado.
Neste fim de semana, Delgatti deverá ficar preso na superintendência da PF em Brasília, enquanto os delegados deliberam se ele será transferido de volta para a cidade de Araraquara, onde estava preso desde 2 de agosto, antes de depor.
Além disso, Ariovaldo afirma que a assinatura de um acordo de delação premiada de Walter Delgatti Neto não está descartada. Questionado sobre o que o hacker teria de novo para apresentar em delação, Ariovaldo respondeu: “provas”.
No depoimento anterior, o hacker falou à PF sobre a invasão que ele fez ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em janeiro, para inserir dados falsos, serviço pelo qual recebeu R$ 40 mil, pagos por Carla Zambelli.
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