Jair Bolsonaro durante cerimônia na Assembléia Legislativa de Goiás na sexta-feira, 18 Will Rosa/ALEGO

Jair Bolsonaro (PL-RJ), ex-presidente do Brasil, foi nomeado cidadão goiano em uma cerimônia realizada na cidade de Goiânia na noite de sexta-feira, 18. Durante seu discurso perante a plateia, Bolsonaro compartilhou detalhes de sua estadia nos Estados Unidos, onde passou três meses, enfatizando seu retorno ao Brasil apesar dos possíveis riscos.
Jair Bolsonaro com o título de cidadão goiano na sexta-feira, 18            - Will Rosa/ALEGO
Jair Bolsonaro com o título de cidadão goiano na sexta-feira, 18 Will Rosa/ALEGO


“Estive três meses nos Estados Unidos, no estado da Flórida, realmente um estado fantástico. Mas apesar de ter sido acolhido muito bem, não existe terra igual à nossa. Sei dos riscos que corro em solo brasileiro, mas não podemos ceder”, declarou.

O discurso também abordou as investigações em curso conduzidas pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal que envolvem pessoas próximas a ele. Essas apurações têm foco em um esquema de venda ilegal de presentes que foram recebidos por Bolsonaro durante seu mandato, levantando suspeitas sobre a possível destinação dos recursos financeiros provenientes dessas vendas.

Um dos nomes implicados nas investigações é Mauro Cid, que anteriormente atuou como ajudante de ordens do ex-presidente. O advogado de Cid anunciou que seu cliente estava preparado para fazer uma confissão perante a Polícia Federal. Nessa confissão, o tenente-coronel alegaria que a venda das joias ocorreu sob ordens diretas de Bolsonaro.
No mesmo dia em que Bolsonaro recebia a honraria em Goiânia, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, emitiu uma determinação para a quebra dos sigilos bancário e fiscal tanto do capitão da reserva quanto de sua esposa, Michelle Bolsonaro.

A defesa de Bolsonaro afirma que não recebeu dinheiro da venda do Rolex.