Proposta foi feita pelo parlamentar Paulo Fiorilo (PT)Mauricio Garcia de Souza/Divulgação/Alesp
Um projeto de resolução protocolado ontem na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) propõe a instalação de uma espécie de detector de mentiras nos microfones do plenário da Casa. A proposta, apresentada por Paulo Fiorilo (PT), impõe até o envio de casos de informações falsas ao Conselho de Ética da Assembleia.
O Projeto de Resolução 38/2023 propõe, em seu artigo 1.º, que "a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo instalará, nos microfones do Plenário Juscelino Kubitschek, detectores de veracidade de falas e declarações".
Segundo o texto, "as informações quanto à veracidade ou falsidade serão projetadas em painel instalado no plenário". A análise utilizaria critérios definidos "observando-se os padrões adotados pelas agências de verificação da falsidade de informações". Não há indicação de quem ficaria responsável por fazer a checagem das falas.
O parlamentar propõe, ainda, que, "detectada a disseminação de informações inequivocadamente inverídicas, as notas taquigráficas serão encaminhadas ao Conselho de Ética, para avaliação quanto aos procedimentos a serem adotados". O colegiado é responsável por analisar representações contra parlamentares, podendo puni-los até com a cassação de mandato.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.