Janja durante vídeo sobre dança na Índia na sexta-feira, 8Reprodução/Redes Sociais

A primeira-dama Janja Lula da Silva rebateu as críticas sobre duas postagens relacionadas a viagem a Índia, onde acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no G-20, neste sábado, 9. Acusada de falta de empatia com o povo gaúcho, afetado pela passagem de um ciclone que deixa desabrigados e mortos, ela escreveu na rede X, antigo Twitter, que "meu sorriso e minha alegria nunca significarão falta de empatia e solidariedade pelo próximo".
Na sexta-feira, 8, Janja usou a mesma plataforma social para escrever que estava decolando para a Nova Delhi e como a viagem era longa, mais de 20h de voo, teria bastante tempo para twittar. Depois, ao desembarcar no país asiático, ela afirmou que "estava se segurando para não sair dançando". Ambas as postagens foram criticadas pelos usuários por uma suposta falta de empatia com o desastre climático no Rio Grande do Sul. Apenas a segunda foi deletada pela primeira-dama. 
Alckmin no comando
Com Lula na Índia para receber a presidência do G-20 pela primeira vez na história do Brasil, Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, será o responsável por coordenar os esforços no Rio Grande do Sul até a volta do chefe de Estado brasileiro, marcada para segunda-feira, 11. 
Durante entrevista coletiva em Brasília, Alckmin anunciou que o governo federal enviará 20 mil cestas básicas e kits de remédios para 15 mil pessoas no Rio Grande do Sul, cujas autoridades declararam estado de calamidade. Além disso, as mais de 3 mil pessoas que perderam suas casas receberão 800 reais.
Pelo menos 41 pessoas morreram nas regiões castigadas pelo ciclone desde a segunda-feira, 4, o mais recente de uma série de desastres climáticos nos últimos meses no país e mais mortal no Rio Grande do Sul. Outras 46 estão desaparecidas
A cidade de Mussum, no vale do Rio Taquari, foi uma das regiões mais fetadas com 15 mortes e uma lista com quase 20 desaparecidos. O prefeito Mateus Trojan (MDB) disse em entrevistas que o "cenário é de guerra" e que precisará da ajuda federal para reconstruir o município. 
"São dezenas de casas totalmente levadas, o que gera essa necessidade de ter esse retorno do governo do Estado e do federal para reconstruir a cidade. Mas temos também mais de duas mil pessoas voluntárias, que vieram de fora, para ajudar na recuperação da cidade", afirmou Trojan.