Alexandre de Moraes classificou fala do advogado de defesa como algo "patético"Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A defesa de Thiago de Assis Mathar, segundo réu julgado pelos atos golpistas de 8 de janeiro, pediu nesta quinta-feu-feira-feira, 14, a absolvição pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Thiago é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de cinco crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
O réu estava no Palácio do Planalto, onde foi detido pela Polícia Militar. Ele continua preso no presídio da Papuda, no Distrito Federal.
Segundo o advogado Hery Waldir, Thiago estava se "manifestando pacificamente". Pela versão do defensor, ele não participou da depredação do Palácio e entrou no prédio para “se abrigar”.
“Ele não queria vir para fazer bandalheira. Quem imaginou que fosse acontecer isso no dia 8 de janeiro. Existem bandidos que depredaram o patrimônio público, mas não podem ser todos colocados no mesmo balaio”, afirmou a defesa.
Após a manifestação do defensor, o julgamento prossegue para a tomada de votos dos ministros. Alexandre de Moraes, relator do processo, é o primeiro a votar.
O ministro rebateu as falas do defensor e afirmou que Hery fez um “discurso para postar nas redes sociais”.
“É patético e medíocre que um advogado suba à tribunal do STF com discurso de ódio e para postar nas redes sociais. Talvez para ser vereador nas eleições do ano que vem”, afirmou Moraes.