Ana Priscila Azevedo esteve presente na invasão de Brasília em 8 de janeiro de 2023Reprodução/Redes Sociais
Importante o que diz Ana Priscila Silva de Azevedo, uma das acampadas golpistas na frente dos quartéis do Exército. Segundo ela, se um militar mandasse eles embora, eles iriam. Pelo contrário: foram incentivados pelas Forças Armadas para ficarem por lá. pic.twitter.com/HmlzXAwiEH
— Leandro Demori (@demori) September 28, 2023
"Confesso que não sabia que estava errando, e muito menos poderia imaginar que estava a praticar um crime. Jamais pensei que poderia ser proibida de falar", afirmou Ana Priscila durante depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Em sua fala inicial, ela se autointitulou "patriota", rejeitando rótulo de golpista. "Sou patriota como devem ser todos os parlamentares. Sou patriota como deveriam ser todos os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Sou patriota como deveriam ser todos os brasileiros", disse.
A golpista foi desmentida durante o seu depoimento. Ela chegou a afirmar que a manifestação era pacífica e que não participou da depredação. Vídeos publicados pelo Estadão mostram Ana Priscila em meio à invasão do Palácio do Planalto.
Durante a sessão, Ana Priscila também afirmou que acreditava que os "patriotas" seriam bem-vindos nos acampamentos golpistas em frente ao QG do Exército, em Brasília. "Bastaria um soldado raso nos avisar que deveríamos sair, que teríamos ido embora", disse
Ana Priscila chegou a ser detida já no dia 8 de janeiro pelos militares do Exército que atuavam dentro do Palácio do Planalto, mas conseguiu fugir, como revelou o Estadão. Foi presa, contudo, dois dias depois em uma das fases da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF), a mando do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O STJ começou a julgar golpistas que invadiram as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. As penas têm variado entre 12 e 17 anos por diversos crimes, entre eles abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
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