Ex-presidente Jair BolsonaroTânia Rêgo/Agência Brasil
"A indicação é do presidente da República, mas a aprovação é outra história. E, segundo ele, foram além do que ele respondeu e falaram que o PL votaria favorável. Dos senadores que eu obtive resposta, de jeito algum votariam em Flávio Dino numa possível sabatina no Senado. Não só pelo passado lá de trás, fazendo aqui um pleonasmo, mas também como o presente no Ministério da Justiça, pelo que ele mais faz, que é perseguir opositores políticos e sabotar as investigações do 8 de janeiro", afirma Bolsonaro no áudio.
Na semana passada, Valdemar Costa Neto afirmou que o PL não deveria votar contra uma possível indicação de Dino ao STF. "Se for um cidadão preparado, que é o caso, devemos votar a favor", afirmou em entrevista à "CNN Brasil".
Para conquistar a cadeira na Suprema Corte, o candidato deve ser indicado pelo presidente da República. Em seguida, é submetido a uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Os integrantes do colegiado aprovam um parecer, que, depois, é submetido ao plenário da Casa.
A declaração de Valdemar foi rebatida por parlamentares do PL. O filho "01" do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que Dino não teria seu apoio caso fosse indicado para a Corte.
Dino é um dos cotados para ocupar a vaga deixada na Corte pela ministra Rosa Weber. Na lista de Lula, também estão entre os possíveis indicados o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e o advogado-geral da União, Jorge Messias. O petista deve escolher o nome até o final de outubro.
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