Coordenadora de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente, Sônia VenâncioReprodução/Agência Brasil
Ao longo dos últimos três anos, alguns estados e municípios chegaram a solicitar o arquivo da caderneta e arcaram com a impressão e distribuição. O problema, segundo a coordenadora, é que, muitas vezes, no intuito de reduzir os gastos, secretarias estaduais e municipais de saúde priorizam apenas as páginas onde são registradas as doses aplicadas na criança e os gráficos de crescimento, enquanto o conteúdo sobre desenvolvimento infantil não é contemplado.
“É uma perda muito grande”, avalia Sônia em entrevista coletiva, ao destacar que o material, como um todo, foi formulado de forma a incentivar a participação da família no cuidado com a criança nos marcos do desenvolvimento infantil. Segundo ela, a pasta planeja ainda capacitar profissionais da atenção primária para que a caderneta, uma vez retomada a distribuição, possa ser utilizada “em sua plenitude”.
O material contém espaços para registro de informações sobre programas de assistência social, educação e vida escolar, além de espaços mais detalhados para os registros das consultas de rotina e gráficos de crescimento para o acompanhamento de crianças nascidas prematuras.
A Caderneta da Criança teve a impressão e distribuição suspensas durante a pandemia de covid-19. A empresa com a qual o ministério havia firmado contrato, na época, alegou dificuldades para conseguir matéria-prima e, eventualmente, entrou em situação de desativação, o que causou o rompimento do contrato. “Tivemos de começar do zero”, explicou Sônia.
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