Enquanto era senador, Telmário defendeu estudos sobre o suposto planeta NibiruReprodução/TV Senado
Ex-senador preso suspeito de mandar matar ex-mulher é o mesmo que mobilizou estudo sobre planeta fake
Telmário Mota pediu atenção ao tema em 2017
Telmário Mota, o ex-senador de Roraima que foi preso nesta terça-feira (31) suspeito de mandar matar a ex-mulher, já havia tido seu nome repercutido com uma polêmica. Em 2017, o político chegou a mobilizar seus assessores para que pesquisassem sobre o planeta Nibiru, que estaria ameaçando a vida na Terra. O grande problema é que o planeta nem mesmo existe.
Em 25 de maio daquele ano, Telmário leu o seguinte pronunciamento em uma sessão no Senado: ''Eu recebi aqui um informativo de uma eleitora, que diz o seguinte: 'Senador, o senhor viu essa informação da Nasa, ou seja, a Nasa afirma que o planeta Nibiru, o X7, está vindo em direção à Terra e que o ciclo atual será terminado em breve.' Ela fala mais: 'Segundo relatório da Nasa, o planeta altera o campo gravitacional da Terra, e, com isso, dois terços da humanidade perecerão, e dois terços morrerão de fome e de doença'''.
Em seguida, o político disse que mobilizaria seus assessores para estudar a causa: ''Claro, eu passei isso, para os meus assessores promoverem um estudo, para ver se esse planeta de que ela fala, Nibiru, está realmente se aproximando da Terra''.
No entanto, Nibiru é apenas uma teoria da conspiração que afirma que um planeta gigante está em rota de colisão com a Terra. Essa teoria não é apoiada pela comunidade científica e já foi negada pela Nasa: ''Nibiru nada mais é do que uma farsa na internet'', disse a agência americana.
Prisão
Telmário foi preso nesta terça-feira por suspeita de ter mandado matar Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos. A vítima é mãe da filha do político, que, por sua vez, o acusou de abuso sexual. Antônia iria depor a favor da filha na audiência sobre o carro, mas foi assassinada três dias antes, em 29 de setembro.
O político foi capturado em Nerópolis-GO, após uma ação conjunta entre as polícias civis de Goiás e Roraima, além da Polícia Militar de Goiás.
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