Algumas regiões de São Paulo estão a mais de 50h sem energia desde sexta-feira, 3Reprodução

O diretor-geral da Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval de Feitosa, explicou nesta segunda-feira, 6, que as distribuidoras de energia possuem isenção de responsabilidade em caso de eventos críticos, como as fortes chuvas na grande São Paulo na sexta-feira, 3.
Sandoval se reuniu com representantes das distribuidores de energia, entre elas, a Enel, com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e com o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), para tratar da crise. Centenas de milhares de consumidores na região metropolitana de São Paulo ainda estão sem luz.
O diretor-presidente da Enel em São Paulo, Max Xavier, rebateu as críticas relacionadas à demissão de funcionários, apontada como um dos possíveis agravadores do problema. Segundo ele, o atual efetivo da empresa é o suficiente para atender objetivos técnicos e comerciais.
Xavier pontuou ainda que a empresa investiu, nos últimos 5 anos, R$ 6,7 bilhões na concessão, e com esses recursos, os indicadores da companhia apontam para melhorias.
Durante coletiva nesta tarde, as árvores foram apontadas como "grandes vilãs" da crise que começou na sexta-feira.
Sobre o apagão deste feriado, Sandoval afirmou ser necessário o engajamento e coordenação dos Estados e municípios. O diretor da Aneel chegou a citar como exemplo de engajamento o "plano verão" de São Paulo, no qual a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), e as distribuidoras se preparam para lidar com eventos climáticos previstos.
Após especialistas apontarem o aterramento da rede elétrica como uma proposta de solução, Sandoval lembrou que a medida tem um custo elevado, podendo ser entre oito a nove vezes mais caros que o cabeamento aéreo, e a sua implementação precisa ser analisada de caso a caso.