Cerimônia em Brasília marcou o lançamento do Observatório do CadÚnicoAndré Oliveira/MDS
O novo observatório tem por meta fortalecer o papel estratégico da vigilância socioassistencial por meio da gestão de informações disponibilizadas, com monitoramento, avaliação e planejamento por parte dos governos federal, estaduais e municipais.
A ideia é que o exame de indicadores socioeconômicos de milhões de famílias em situação de vulnerabilidade também permita o melhor controle social pelo uso de dados do Cadastro Único por pesquisadores e estudantes.
Em vídeo reproduzido durante a cerimônia de lançamento da plataforma virtual, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, disse que a finalidade principal é reduzir a pobreza no país e tirar o Brasil do Mapa da Fome.
“O objetivo é que a gente possa ter mais parceria, dando as mãos para que a gente possa, de um lado tirar o Brasil do Mapa da Fome e, de outro lado, reduzir a pobreza com inclusão socioeconômica e inclusão produtiva no campo ou na cidade, em todo o Brasil”. O ministro não esteve presente ao lançamento da plataforma porque participa da Cúpula Global contra a Fome, em Londres.
Mapa da Fome
“Olhemos os dados do Cadastro [Único] com sabedoria e afeto não só para olhar, nem fazer diagnósticos. Vamos olhar para agir e garantir que o Brasil saia do Mapa da Fome e garantir que as pessoas não tenham só direito à comida. Porque a gente quer comida, diversão e arte”, pediu a secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo.
O presidente do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e secretário municipal de Assistência Social de Foz do Iguaçu, no Paraná, Elias de Sousa Oliveira, defendeu que as informações do Cadastro Único sejam parte do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
Citando a criação do Observatório do Cadastro Único, o presidente do Congemas salientou que a inovação será um mecanismo que possibilitará o conhecimento mais amplo das realidades e adversidades existentes nos 5.568 municípios do país.
A presidente do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), Margarth Alves Dallaruvera, confirmou que o Observatório permitirá o controle social da oferta de assistência social. “Acreditamos no Brasil melhor, acreditamos na democracia, acreditamos no Estado que fortaleça e implemente as políticas públicas. Esse é o nosso compromisso: colocar o controle social como guardião da política de assistência social para que a gente possa discutir, dialogar e pactuar tudo aquilo que for necessário para a população brasileira”, argumentou.
CadÚnico
O cadastro é operacionalizado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Os principais programas que usam os registros do Cadastro Único são: o Programa Bolsa Família; Programa Tarifa Social de Energia Elétrica; Isenção de Taxas em Concursos Públicos; ID Jovem (documento gratuito que possibilita acesso aos benefícios de meia-entrada em eventos artístico-culturais e esportivos); Carteira da Pessoa Idosa; e Programa Minha Casa, Minha Vida, de habitação.
A secretária do MDS, Letícia Bartholo, fez um balanço da gestão dos dados do Cadastro Único, nos 11 primeiros meses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para beneficiar as pessoas mais pobres.
“O governo Lula não economiza nos mais pobres. Boa parte das correções de pagamento [do CadÚnico] é também revertida para entrada de novas famílias no Programa Bolsa Família. Então, usemos o termo correto: nós corrigimos para pagamento ao mesmo tempo que integramos no cadastro novos dois milhões de famílias e atualizamos os dados de 16 milhões de famílias. Sem dúvida, a gente termina o ano com um cadastro bem melhor”, concluiu Bartholo.
Observatório
Para mais informações sobre o uso da ferramenta, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome disponibilizou o Disque Social, no telefone 121.
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