Washington QuaquáReprodução Internet
"O transporte precisa ser visto como direito, não mercadoria como outra qualquer. Sem transporte as pessoas não têm acesso à saúde, educação e ao emprego. Não faz sentido encarar a tarifa zero como utopia, ela é um direito a ser respeitado", afirmou Quaquá, ao lançar a frente.
Ele ressalta a falta de políticas públicas inovadoras para melhorar a mobilidade das metrópoles brasileiras. A média mundial de gasto com transporte é de 8% da renda da população, enquanto no Brasil chega a 20%. A experiência pode ser aplicada com sucesso, especialmente em pequenos e médios municípios, como ocorre no Brasil e em diversos países do mundo. No início do ano, São Paulo e Fortaleza colocaram o projeto em pauta e aceleraram os estudos sobre como consolidar esta política.
Este ano, mais 24 cidades implementaram a tarifa zero nos serviços de transporte público, chegando a 88 municípios no Brasil e inúmeras cidades no exterior. Os dados são do pesquisador Daniel Santini, mestrando pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP e autor do livro 'Passe Livre – As possibilidades da tarifa zero contra a distopia da uberização'.
"Os estudos que a frente vai estimular, com certeza, vão continuar comprovando o que já experimentamos em Maricá: o transporte gratuito aquece a economia porque aumenta a circulação das pessoas e suas chances de conseguir emprego", explicou Quaquá, que também é vice-presidente do PT Nacional.
Comerciantes de cidades que tiveram a Tarifa Zero implementada também perceberam movimentações nas vendas. Caucaia, no Ceará, teve 30% mais vendas após o programa Bora de Graça. Em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, os ônibus gratuitos no centro melhoraram o trânsito e turbinaram o comércio.
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