Momento em que GCM puxa pistola para atirar contra o próprio cachorro em São Vincente, litoral de SPReprodução

Um guarda civil municipal de Santos, de 28 anos, foi filmado por câmeras de segurança executando o próprio cachorro no bairro Beira-Mar, em São Vincente, no litoral de São Paulo, no último sábado, 23. O GCM foi localizado pela Polícia Civil de São Vincente e intimado a prestar depoimento. Ele alegou estar em "surto emocional" no momento da ação. 

Nas imagens é possível ver o homem e o cão juntos em cima de uma moto até que ele puxa uma pistola e atira contra a cabeça do animal. Em seguida, o GCM abre a garagem de casa, guarda o veículo e retorna para ver o corpo. O barulho dos disparos chama a atenção dos vizinhos, que correm para verificar o que havia acontecido. O guarda civil então puxa um saco preto e retira o animal da rua. 
De acordo com apuração do jornal 'A Tribuna', o suspeito afirmou a polícia que recebeu uma ligação dos pais e que foi informado sobre um ataque do cachorro da família contra o casal. Ele então retornou da casa da namorada e encontrou os dois machucaddos, o pai na barriga e a mãe nos braços e pernas. 
Após o animal fugir em disparada, ele alegou que começou a percorrer o bairro a procura do cachorro para evitar novos ataques. Ao encontrá-lo na rua Luis Lafraia, o GCM optou por executá-lo ao verificar que o cão estava completamente transtornado.
No boletim de ocorrência há a informação de que a polícia conversou com os pais do suspeito e que ambos estavam com curativos pelo corpo, mas a versão é contestada já que não há sinais de agressividade no cachorro nas imagens gravadas pela câmera de segurança. O suspeito se apresentou três dias depois do ocorrido e foi liberado por falta de flagrante.
Nas redes sociais, o prefeito de Santos, Rogério Santos, lamentou o ocorrido e que "corregedoria da GCM já está acompanhando o caso". Ele ainda pontuou que o acusado está "está afastado das ruas" até a conclusão das investigações. Ao Santos Portal, a prefeitura informou que a arma usada no crime era armamento particular. 
Já o deputado federal Delegado Bruno Lima (PP-SP) afirmou que abriu, junto ao colegada Delegado Matheus Loiola (União-PR), uma representação para que o acusado seja demitido das funções de Guarda Civil Metropolitano da cidade de Santos.