Momento em que loja é invadida no centro de SP no sábado, 27Reprodução

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou no domingo, 28, que irá colocar mais de 500 guardas municipais para patrulhar as ruas de São Paulo. Ele também pontuou que irá realizar implementar o Smarp Sampa, investimento de quase R$ 10 milhões mensais em câmaras de segurança. As medidas aconteceram após a invasão em massa de moradores de uma Cracolândia a uma loja na Rua Santa Ifigênia no sábado, 27.
"(A situação) preocupa. Por isso que a gente ampliou bastante o número de GCM, eu ampliei a operação delegada, nós estamos da fazendo a instalação das câmeras, o Smart Sampa é um investimento de R$ 9 milhões e 600 mil por mês, com altíssima tecnologia. A gente tá fazendo a implementação do sistema. Nos próximos dias nós colocamos 500 GCMs na rua, mais 230 veículos normais, mas 280 veículos da Guarda Civil Metropolitana", afirmou Nunes durante evento na cidade de SP. 
Imagens do circuito de monitoramento flagraram um grande grupo de pessoas, que parecem ser dependentes químicos da região conhecida como Cracolândia, invadindo a loja da rede "Portal das Câmeras". Na gravação, centenas de pessoas caminhavam pela área. O vídeo mostra a movimentação em frente ao local. O grupo conseguiu forçar a porta do estabelecimento e levou diversos equipamentos.
Algumas das pessoas perceberam o crime e correram, enquanto outras aproveitaram e invadiram a loja. Toda a ação para levar os produtos do comércio durou cerca de cinco minutos.

De acordo com os funcionários, foram levados câmeras, gravadores digitais de vídeo, cabos, fontes, conectores, estabilizadores e no-break. "É assustador você chegar para trabalhar e ver coisas quebradas, roupas, cachimbos, chinelos, tênis. Na hora da invasão, cerca de 100 usuários entraram na loja", afirma o gerente Ricardo Aquino, que trabalha em outra unidade do grupo.

"Não temos o número exato, mas acreditamos que o prejuízo seja algo próximo de R$ 300 mil", afirma. Em função do tamanho dos danos, Aquino avalia que a loja será fechada. "A gente vai ter de fechar essa unidade. Para refazer essa loja vai um dinheiro que a gente não tem. Não tem estoque mais para trabalhar. Então, a gente vai ter que fechar essa unidade", projeta.

O gerente afirma que não é a primeira vez uma das lojas da rede é roubada. A outra ocorrência, segundo o funcionário, ocorreu na unidade da Avenida Senador Queiróz, um ano atrás. "Lá, a Guarda Municipal conseguiu chegar no momento. Eles quebraram as portas, vitrines e alarmes. Tivemos de refazer tudo isso por conta do arrombamento."

Policiais militares da 2ª companhia do 7º BPM foram acionados para comparecer ao local do furto às 6h13. Segundo a PM, a ocorrência foi encaminhada ao 2º Distrito Policial (Bom Retiro)

Policiais da Guarda Civil Metropolitano (GCM) localizaram três homens na Rua Vitória, região da Cracolândia, com objetos eletroeletrônicos, incluindo câmeras, na manhã deste domingo, 28 Eles foram levados ao 2°DP, onde o caso foi registrado.

Ações como essa estão se tornando comuns na região. Uma loja de eletrônicos havia sido invadida e saqueada no dia 20 de novembro Conforme a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, cinco homens e uma mulher, com idades entre 49 e 23 anos, foram presos em flagrante.

O proprietário da loja foi acionado pela polícia. Ao chegar ao estabelecimento, ele constatou o furto de mais de 120 itens.

"Chegamos aqui e estavam saqueando tudo. Tinha um grupo tirando as mercadorias da loja e outro protegendo eles", diz Ângela Aparecida de Oliveira, de 44 anos, ao Estadão. Nascida na Bahia, ela se mudou para São Paulo em 2013, mesmo ano em que abriu a Carlos Eletrônicos, em outro endereço também na Santa Ifigênia.
*Com informações do Estadão Conteúdo