Ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano ZaninReprodução/PT
O pedido ocorre em meio às investigações da Polícia Federal (PF) que miram o suposto aparelhamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fins políticos durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os softwares espiões, segundo as diligências, podem ter sido utilizados de forma inapropriada.
Regulamentação temporária vai a plenário
Zanin estipulou ao Congresso um prazo de dez dias para que sejam apresentadas as propostas legislativas que versem sobre regulamentação das ferramentas "espiãs". A Advocacia-Geral da União (AGU) e a PGR terão cinco dias para se manifestar.
Na ação, protocolada em dezembro do ano passado, a PGR também havia solicitado ao Supremo que fossem estabelecidas normas temporárias para o uso dos softwares, até a regulamentação do tema por parte dos legisladores. A esse respeito, o ministro Zanin determinou a análise do pedido ao plenário da Corte.
O que são 'softwares espiões'?
As investigações sobre o suposto aparelhamento da Abin ocorrem desde outubro de 2023, com a deflagração da Operação Última Milha. O nome dessa investigação satiriza um software que ainda é peça-chave nas diligências, o FirstMile. Desenvolvido por uma empresa israelense, o programa permite ao usuário, entre outras funções, o monitoramento em tempo real da geolocalização de celulares.
A PF já sabe que o FirstMile foi utilizado 60 mil vezes pela Abin entre 2019 e 2023, mas outros programas entraram no radar dos investigadores.
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