Sônia Guajajara, ministra dos Povos IndígenasAFP
Ministros defendem Lula após repercussão negativa de fala sobre ataques de Israel em Gaza
Sonia Guajajara disse que declaração do presidente foi 'corajosa e forte'
Os ministros Paulo Teixiera (Desenvolvimento Agrário) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas) foram às redes sociais defender o presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois da má repercussão de fala do petista sobre as ações de Israel na Faixa de Gaza.
Lula comparou os ataques israelenses ao território com o Holocausto. Houve reação do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Além disso, entidades judaicas e pró-Israel no Brasil criticaram a declaração. Houve acusações de antissemitismo por causa da fala do presidente brasileiro.
"Todo meu apoio às preocupações do presidente Lula em relação ao conflito que vem cruelmente atingindo civis na Faixa de Gaza, vítimas do governo de extrema-direita de Israel", escreveu Teixeira em seu perfil no X, novo nome do Twitter.
"A fala do presidente Lula sobre o que está acontecendo em Gaza é corajosa e necessária. Já são mais de 20 mil mortos palestinos através de ataques promovidos por Israel. Que esse posicionamento incentive outros países a condenarem a desumanidade que estamos vendo dia após dia", disse Guajajara na mesma rede social.
A fala de Lula que desencadeou as reações contrárias foi a seguinte: "O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus", declarou Lula. Ele também afirmou que a ofensiva israelense promove um genocídio.
O conflito entre Israel e Hamas escalou depois de o grupo radical islâmico realizar atentados em território israelense que terminaram com 1.200 pessoas mortas e outras 240 sequestradas.
Lula já disse publicamente que considera a reação israelense desproporcional. O governo de Netanyahu afirma estar exercendo seu direito de defesa nos ataques à Faixa de Gaza. De acordo com as autoridades locais, controladas pelo Hamas, mais de 28 mil palestinos já foram mortos.
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