Ministro das Relações Institucionais, Alexandre PadilhaRpeodução: TV Cultura
Para o ministro, "o grande fato diplomático" do dia foi a posição dos Estados Unidos, que apresentaram para o Conselho de Segurança Organização das Nações Unidas (ONU) uma proposta de cessar-fogo entre Palestina e Israel, e não o "espetáculo" de Netanyahu.
"O grande fato político diplomático do dia de hoje não é o espetáculo diplomático que tentou fazer o chefe de governo atual, Netanyahu", disse o ministro. Ao comentar sobre o cessar fogo proposto pelos EUA, Padilha chamou o posicionamento de histórico e "quase inédito".
"Até os Estados Unidos, que sempre foram um aliado histórico de Israel, que vetou a proposta de resolução apresentada pelo governo brasileiro no Conselho de Segurança [...] até os Estados Unidos reconhecem hoje que não é possível admitir a continuidade da operação militar pelo primeiro-ministro Netanyahu", disse. "Torço para a posição dos EUA acabe com obstáculos na ONU para cessar-fogo de Israel", completou.
Em resposta à fala de Lula, Netanyahu disse, no domingo que "comparar Israel ao Holocausto nazista e Hitler é cruzar uma linha vermelha". "As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e sérias. São sobre banalizar o Holocausto e tentar ferir o povo judeu e o direito Israelense de se defender."
Outra consequência das declarações do presidente brasileiro veio nesta segunda-feira. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que Lula é considerado 'persona non' grata em Israel enquanto não se desculpar pelas falas.
Impeachment
As falas de Lula geraram, por parte da oposição, um pedido de impeachment, processo que também foi minimizado por Padilha. "Ele não vai progredir, de tão desqualificado que ele é", afirmou, dizendo que, para 2024, o Executivo tem a expectativa de repetir o "bom sucesso" da relação entre o governo federal e o Congresso Nacional.
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