AnaJulia, como era identificada por pesquisadores, teria sido morta a tirosReprodução: vídeo
Cristian Dimitrius, documentarista que acompanha serpentes da região há 10 anos, explica que a identificação da cobra foi feita a partir de marcas em determinadas partes do corpo que podem ser interpretadas como uma espécie de impressão digital. "Os guias retiraram da água, mandaram fotos e identificamos as marcas. Isso é muito triste", disse.
Dimitrius destacou a necessidade de investigações sobre o caso e a conscientização da população sobre os animais dessa espécie.
A sucuri, cobra nativa da América do Sul que pode chegar a 100 quilos, não tem veneno, para predar por isso fazem o processo de constrição, ou seja, se enrolam na presa, usando a força para apertar. Essas cobras se alimentam de carne de peixes e pequenos animais, apesar do tamanho e força não há registros científicos que comprovem algum risco a humanos.
AnaJulia já estrelou registros do pesquisador Bryan Fry, que identificou em fevereiro uma nova espécie de sucuri-verde na Amazônia. Fry mergulhou com a cobra e compartilhou imagens da serpente de seis metros e meio nas redes sociais.
O professor da Universidade de Amsterdã também se manifestou sobre o crime. "Estou tão triste e com raiva ao mesmo tempo! Que perda triste e trágica. Quão doente é preciso estar para fazer isto a um animal tão lindo e único!?", questionou em uma publicação.
A prefeitura de Bonito lamentou o ocorrido e disse aguardar a punição dos responsáveis. "Demonstramos total repúdio pelo ocorrido com a sucuri AnaJulia em nosso município. A relevância de um animal desse porte nas nossas áreas mostram o quão equilibrado o nosso ambiente está", diz a nota.
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