Ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino Gustavo Moreno/SCO/STF

O ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, anunciou neste domingo, 24, que acionou "imediata atuação" da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD) para desmentir uma notícia falsa que associa os suspeitos de terem mandado matar a ex-vereadora do Rio Marielle Franco ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino.
No vídeo divulgado nas redes sociais e aplicativos de mensagem, Dino aparece celebrando com o então governador eleito do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo turno — os dois usam camisas com o nome do vencedor do pleito ao Palácio do Planalto.
"Incorretamente, pessoas dizem que Dino está sendo filmado com uma pessoa da família Brazão. "Determinei imediata atuação da PNDD. Chegaremos aos responsáveis por mais uma fake news", afirmou Messias, em publicação na rede social X (ex-Twitter).
O deputado federal Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), são irmãos e foram presos ao lado do ex-chefe da Polícia Civil fluminense, Rivaldo Barbosa pela suspeita de participação no assassinato de Marielle, morta em 2018. Os irmãos são apontados pela investigação como mandantes do crime, enquanto o delegado é suspeito de agir para proteger os dois e é acusado de participação no planejamento do assassinato.
O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos Brazão, e o advogado Alexandre Dumans, que representa o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, negam a participação deles no crime. No início da semana, Chiquinho Brazão também negou qualquer relação com o caso.
Como noticiou o Estadão, a PNDD foi criada por Lula para representar o governo no combate à "desinformação sobre políticas públicas", e nasceu sob críticas por causa de riscos de avaliações arbitrárias, já que a AGU defende interesses do governo junto ao Poder Judiciário.