Presidente da Câmara, Arthur LiraAFP
Gleisi: ainda não há discussão no PT sobre nome que vai suceder Lira na Câmara
Arthur Lira deve deixar o cargo de presidente da Casa no inicio de 2025, quando será realizada uma nova eleição
A presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), disse nesta terça-feira, 16, que, dentro do partido, ainda não há uma discussão sobre nome para disputar a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados. Segundo a petista, até o momento, também não há veto a nenhum possível candidato.
"Não temos essa discussão ainda e não temos veto a ninguém. O que dirige nossa posição na presidência da Câmara são alguns compromissos que o próximo presidente tem que ter. Nós não vamos exigir definição ideológico, apoio a todas nossas ideias, não, mas alguns compromissos", disse em entrevista à Globonews.
Lira deve deixar o cargo de presidente da Casa no inicio de 2025, quando será realizada uma nova eleição. Ao ser questionada sobre uma candidatura pelo PT, a deputada afirmou que, a principio, não tem uma definição, mas também não descarta possibilidade. "Não temos isso como objetivo, mas se for necessário para fazer o debate ou uma disputa na Casa, não vemos problema."
A deputada também já sinalizou quais serão os critérios que devem levar o partido a apoiar um possível nome. Segundo ela, candidato precisa ter estabilidade na Casa, respeito com os partidos e o tamanho das bancadas, além de previsibilidade nas pautas e discussões das sessões. "Ter estabilidade na Casa, para dar estabilidade ao governo e ao país. Isso não quer dizer que tem que concordar com tudo, mas ter uma relação que permita muito dialogo, que permita muitas negociações e que ajude a enfrentar os problemas.
"Segundo, respeitar os partidos e os tamanhos da bancadas. O PT é a segunda maior bancada, então, é obvio que o PT, por ser essa bancada, quer se ver representado nos espaços que a Câmara tem. Então, nós não queremos que tenha nada de subterfugio para nos tirar direitos que nós temos como bancada. Terceiro, ter o mínimo de previsibilidade nas pautas e discussões que a Casa vai ter. Não dá pra chegar 15 minutos antes da sessão ser instalada sem conhecer a pauta"
Competitividade nas eleições
Nesta segunda-feira, ainda à Globonews, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que, com o crescimento da polarização política, "não tem ninguém imbatível" nas urnas. Quando questionada se concorda com posicionamento do ministro, a presidente do PT destacou a competitividade de Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como algo que nenhum outro candidato tem.
"Em relação a eleição, a palavra não é imbatível, mas, sim, competitivo. Eu não vejo, hoje, dentro do nosso campo, alguém mais competitivo que o presidente Lula para disputar as eleições Ele tem ligação com a base da sociedade, com o povo, tem o histórico, respeitabilidade, grau de confiança. Assim, como para o lado do Bolsonaro, também vejo pouca gente que tenha essa competitividade como ele tem", explicou.
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