Juliana Maciel ao lado de Jair Bolsonaro, Jorginho Mello e Mauricio José EskudlarkReprodução / Instagram
O caso da prefeita veio à tona depois de Juliana Maciel publicar um vídeo arremessando livros no lixo, e afirmar que a culpa deles estarem nas escolas seria do governo federal, Lei Rouanet, e do Partido dos Trabalhadores (PT). No postagem, ela ainda incentiva que outros gestores municipais "façam um pente fino" nas bibliotecas de suas cidades.
"Eu jamais jogaria um livro no lixo, mas porcaria numa biblioteca aqui do nosso município, não vai ter mais não. A Mundoteca é um programa do governo federal. Então, da Lei Rouanet, coisa que vocês também já conhecem. Mais uma vez o governo do PT faz esse tipo de coisa, bota o adolescente, a criança, induz a coisas que não são dos valores que a gente acredita. Não é o que a família quer que ele aprenda. Não é o que realmente uma criança, ou até um adolescente, precisa ler em uma biblioteca. Então, aqui em Canoinhas, a gente jogou esse tipo de porcaria no lixo", disse a prefeita.
Em nota, o Ministério da Cultura havia dito que apesar do programa acessar uma política pública de incentivo, ela não é uma ação do governo federal. "Peças de desinformação estão expondo o projeto Mundoteca, da FGM Produções, como sendo uma iniciativa do Governo Federal. Aprovado a captar recursos por meio da Lei de Incentivo Cultural em 2018, o projeto foi executado entre 2019 e 2023".
Em outro vídeo postado na rede social, a prefeita explica que não era sua intenção causar "polêmica". "Enquanto política e prefeita de Canoinhas não tenho medo de me posicionar e nem de tomar decisões firmes, quando elas são necessárias. Aqueles livros não são próprios para crianças. Nem sou eu quem está dizendo e, sim, a editora. Lá na biblioteca em Marcílio Dias circulam muitas crianças, inclusive muitas atividades escolares são realizadas lá. Então, aqueles livros não podiam ficar nesses espaços onde nossas crianças circulam".
Entre os livros jogados no lixo, estava Aparelho Sexual e Cia: Um Guia Inusitado Para Crianças Descoladas (Seguinte, 2018), de Zep e Hélène Bruller, e As Melhores do Analista de Bagé, de Luis Fernando Veríssimo (Objetiva, 2007). Obras apontadas como impróprias, nunca foram indicadas ou emprestadas para crianças.
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