Relatora da CPMI do dia 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA)Lula Marques/ Agência Brasil
A delegação brasileira, envolvida na investigação dos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de Janeiro de 2023 em Brasília, vai se encontrar com o deputado democrata Jamie Raskin. O parlamentar foi líder da acusação no segundo processo de impeachment contra o ex-presidente norte-americano Donald Trump e integrante do Comitê responsável pela investigação da invasão ao Capitólio, sede do Poder Legislativo dos EUA, em 6 de janeiro de 2021. O ato marcou o ápice dos ataques à democracia nos EUA e buscava impedir a diplomação do presidente eleito Joe Biden.
A comissão é composta pelo senador Humberto Costa (PT-PE) e os deputados federais Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Henrique Vieira (PSOL-RJ), Rafael Brito (MDB-AL) e Rogério Correia (PT-MG).
A senadora afirma que os embates entre Musk e Moraes "estão na ordem do dia", mas não são o ponto central da viagem, organizada e paga pelo Instituto Vladimir Herzog, que ocorrerá entre os dias 29 de abril e 2 de maio. O bilionário e o magistrado têm protagonizado uma crise desde que o dono do X começou a criticar as decisões judiciais do ministro, que, segundo ele, violam a lei brasileira.
De acordo com a parlamentar em publicação na rede de Musk, as críticas dele são uma afronta à legislação brasileira. Ela ainda afirmou que "golpistas aqui não prosperam" porque "no Brasil há democracia e instituições fortes".
Na última quarta-feira, 17, deputados do Partido Republicano dos EUA divulgaram, alegando "censura do governo brasileiro", um relatório com 88 ordens do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis do X e outras redes sociais, como Facebook e Instagram. Muitas das decisões foram tomadas por Moraes em processos que tramitam sob sigilo no STF.
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