As bolsas de Londres, Frankfurt, Paris, Milão, Madri e Lisboa vão operar das 4h às 12h30 (de Brasília)Reprodução / Internet
Khan, filho de imigrantes paquistaneses e primeiro prefeito muçulmano de Londres, de 53 anos e no cargo desde 2016, derrotou a candidata conservadora Susan Hill, por uma margem ainda maior do que a obtida ao ser reeleito pela primeira vez em 2021.
Ele superou assim os dois mandatos que seu antecessor e ex-primeiro-ministro britânico conservador Boris Johnson havia cumprido.
"É a honra da minha vida servir à cidade que amo e me sinto mais do que honrado neste momento", disse Khan aos apoiadores após o anúncio dos resultados, acrescentando que se propunha a "retribuir a confiança" dos eleitores e trabalhar por uma capital "mais justa, segura e verde".
Mas ele se vingou quando Trump foi derrotado em 2020 pelo democrata Joe Biden nas eleições presidenciais.
"Uma vez ele me chamou de... perdedor. Só um de nós é um perdedor, e não sou eu", afirmou.
Khan, com uma trajetória muito diferente das elites britânicas, tornou-se um símbolo da diversidade do país.
Seu pai, motorista de ônibus, e sua mãe, costureira, emigraram do Paquistão na década de 1960 e criaram seus filhos em habitações sociais.
Ele frequentou uma escola pública no norte de Londres e estudou direito na Universidade North London, uma educação gratuita pela qual sempre se mostrou grato. "Devo tudo a Londres", afirmou.
Ele queria ser médico ou dentista. Mas um de seus professores notou seu dom para a oratória e o orientou para os estudos de direito. Ele seguiu o conselho, especializou-se em direitos humanos e presidiu a ONG Liberty por três anos.
Além de com livros, Khan soube se defender com os punhos e desde jovem aprendeu a boxear para enfrentar aqueles que o chamavam de "paki", termo pejorativo para se referir aos paquistaneses.
Aos 15 anos, ele se filiou ao Partido Trabalhista e em 1994, aos 23, foi eleito conselheiro em Wandsworth, um bairro do sul de Londres.
Em 2005, ele abandonou sua carreira de advogado para ser eleito deputado por Tooting, onde viveu toda a vida e mora agora com sua esposa Saadiya, também advogada, e suas duas filhas adolescentes.
Três anos depois, o então primeiro-ministro trabalhista Gordon Brown lhe ofereceu o cargo de ministro das Comunidades, e no ano seguinte, o de Transportes. Ele foi o primeiro muçulmano a ocupar um cargo de ministro.
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