Passarela de pedestre da rodoviária foi derrubada para criação de corredor humanitário.Divulgação/Defesa Civil de Porto Alegre
"A comida tem de chegar, a ambulância tem de passar, o Exército tem de passar. Vai ser um corredor que salva vidas", declarou o prefeito, Sebastião Melo (MDB) durante coletiva de imprensa na quinta. A previsão é que o acesso alternativo comece a ser utilizado ainda nesta sexta ou no sábado, 11.
A medida envolve a criação de uma pista única de acesso provisória, com a colocação de pedras rachão e brita em cerca de 300 metros da Avenida Castelo Branco, que está parcialmente encoberta pela inundação. O novo caminho será uma rota logística de veículos de apoio à crise ambiental e humanitária, inclusive para o acesso a hospitais e circulação de alimentos e remédios.
A implantação do corredor humanitário começou na quarta-feira, 8 Como terá um único sentido, a pista provisória irá funcionar de forma alternada, com orientações de agentes de trânsito. A princípio, não será destinada à circulação de automóveis da população em geral.
Caminhões e veículos com doações e itens de primeira necessidade têm enfrentado engarrafamentos para trafegarem de uma cidade à outra, pela RS-118. A previsão é que a via alternativa esteja pronta até o fim da sexta-feira, 10, com a demolição da passarela pela manhã. Há diversas vias e rodovias com bloqueios no Estado, o que tem dificultado a circulação de itens essenciais e a prestação de socorros e engarrafado os poucos caminhos disponíveis.
O balanço mais recente aponta mais de 1,9 milhão de impactos em 435 dos 497 municípios gaúchos. Ao menos, 70 mil pessoas estão em abrigos e 337 mil estão desalojadas, de acordo com a Defesa Civil.
A inundação segue na Grande Porto Alegre, assim como tem avançado sobre municípios na região sul, no entorno da Lagoa dos Patos. Há preocupação com o retorno da chuva intensa e a onda de frio esperados a partir desta sexta.
Cidades estão em estado de calamidade. Há falta de insumos e remédios variados, além da escassez de mantimentos nos mercados e dificuldade para o acesso à água potável e energia. A situação tem causado uma fuga em massa para o litoral nos últimos dias.
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