Vista aérea de uma área inundada, incluindo um parque de diversões, em Canoas, RSAFP

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) autuou 65 estabelecimentos por preços abusivos. O Estado vive sua maior tragédia climática desde que as chuvas começaram no fim de abril, com ao menos 155 mortos e 94 desaparecidos.

De acordo com o MPRS, a maioria das autuações ocorreu em mercados e postos de gasolina. Em um dos postos, dois funcionários foram presos - o MP não deu mais detalhes sobre as prisões. Também foram fiscalizas farmácias, empresas de caminhão pipa e revendas de gás e água. Em algumas, o galão de 20 litros chegava a ser vendido por R$ 80.

A força-tarefa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRS) começou as fiscalizações no dia 4 de maio. Eles apuraram 315 denúncias de estabelecimentos em Porto Alegre, Gravataí, Viamão, Cachoeirinha, Canoas e Alvorada.

As denúncias chegaram pelo email precoabusivo@mprs.mp.br, criado para atender a população durante as enchentes. No total, o MPRS disse já ter recebido 680 denúncias de todo o Estado.
Para o promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, os números refletem a decisão acertada do Ministério Público de criar um email exclusivo para esse tipo de denúncia. “Percebemos que o consumidor precisa ter um canal rápido para denunciar quando se depara com um produto comercializado acima do preço, ainda mais nesse momento de crise”, pontua.
*Com informações do Estadão Conteúdo