A cantora Madonna se apresentou na Praia de Copacabana em 4 de maioPablo Porciuncula / AFP
Comissão da Câmara dos Deputados aprova moção de repúdio contra o show da Madonna
Texto cita 'forte conteúdo erótico' e menciona as cantoras Anitta e Pabllo Vittar, que participaram da apresentação
A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (22), uma moção de repúdio contra o show da Madonna, realizado no último dia 4 na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio. Segundo o texto, a apresentação promoveu "vilipêndio à fé da maioria da população brasileira" e "forte conteúdo erótico".
Anitta e Pabllo Vittar, que participaram da apresentação, foram mencionadas no requerimento, que também citou o prefeito da capital do Rio, Eduardo Paes (PSD), e o governador do Estado, Cláudio Castro (PL), sob alegação de que eles assinaram os contratos e investiram no espetáculo, permitindo que ele acontecesse.
O documento é de autoria dos parlamentares Chris Tonietto (PL-RJ), Clarissa Tércio, Cristiane Lopes (União-RO), Dr. Allan Garcês (PP-MA) (PP-PE) e Júlia Zanatta (PL-SC).
"O caráter erótico e de inspiração pornográfica de suas coreografias - que simulavam posições sexuais e verdadeiras orgias no palco -, além de torná-las impróprias à audiência mais jovem da apresentação - que foi transmitida em rede nacional, sendo acompanhada por milhões de brasileiros de todas as idades, inclusive crianças -, ofende gravemente os princípios morais da maioria da população brasileira, e mesmo o mínimo padrão de decência necessário a uma convivência social harmoniosa", afirma um trecho do requerimento.
O Congresso Nacional define moção de repúdio como "uma espécie de requerimento que visa expressar a manifestação da Casa Legislativa em razão de um fato que cause repúdio, louvor, apoio, desconfiança, solidariedade, regozijo, entre outros". Portanto, ela não tem efeitos práticos.
O show da Madonna registrou um público de 1,6 milhão de pessoas, segundo estimativas da Riotur, e gerou mais de R$ 300 milhões para a economia estadual, segundo o governo do Rio de Janeiro.
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