Vista aérea das enchentes em Eldorado do Sul, no RSAFP

Levantamento parcial da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela que as tempestades registradas desde 29 de abril no Rio Grande do Sul provocaram pelo menos R$ 11 bilhões em prejuízos financeiros, R$ 600 milhões a mais ante o reportado na sexta-feira, 24. Os números contabilizam perdas de municípios que enviaram os dados à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
A confederação esclarece que os impactos são informados pelos próprios municípios. São dados parciais, relatados à medida que os danos são contabilizados.
A CNM estima que 4,1 milhões de pessoas tenham sido afetadas, sendo que 445 seguem desaparecidas e foram reportadas 169 mortes, de acordo com dados da Defesa Civil e extraídos do sistema do Ministério de Desenvolvimento.
A confederação calcula que 471 municípios foram afetados, sendo 340 com reconhecimento estadual e federal de situação de emergência e 78 em estado de calamidade pública. Destes, apenas 130 municípios informaram os valores de danos e prejuízos, o equivalente aos R$ 11 bilhões.
Segundo a CNM, dos prejuízos financeiros relatados, R$ 4,6 bilhões referem-se ao setor habitacional, com 109,7 mil casas danificadas ou destruídas, R$ 3,9 bilhões foram relatados no setor privado e R$ 2,5 bilhões no setor público.
A agropecuária é o setor econômico privado com mais perdas financeiras levantadas, somando R$ 3,4 bilhões. Dos municípios que auferiram os prejuízos, R$ 3,1 bilhões estão relacionados à agricultura e R$ 272,4 milhões à pecuária. A indústria reportou R$ 267 milhões em prejuízos. Outros R$ 131,4 milhões foram relatados por comércios locais.
No setor público, o levantamento auferiu prejuízos de R$ 1,7 bilhão em obras de infraestrutura (pontes, estradas, drenagem urbana) e R$ 431,2 milhões em instalações públicas, como escolas, hospitais e prefeituras.