Homem destrói relógio histórico nos atos golpistasReprodução / Redes sociais

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou, nesta sexta-feira (21), para condenar por 17 anos de prisão Antônio Claudio Alves Ferreira, o homem que destruiu o relógio histórico do Palácio do Planalto durante os ataques golpistas do 8 de janeiro. Para decisão definitiva, os outros 10 membros da corte ainda precisam votar na sessão virtual.
"Está comprovado, tanto pelos depoimentos de testemunhas arroladas pelo Ministério Público, quanto pelas conclusões do Interventor Federal, vídeos e fotos realizados pelo próprio réu e outros elementos informativos, que Antonio Claudio Alves Ferreira, como participante e frequentador do QGEx e invasor de prédios públicos na Praça dos Três Poderes, com emprego de violência ou grave ameaça, tentou abolir o Estado Democrático de Direito, visando o impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais por meio da depredação e ocupação dos edifícios-sede dos Três Poderes da República", afirmou Moraes, relator do caso, em seu voto. Antônio está preso desde janeiro de 2023.
O relógio, feito por Balthazar Martinot, foi um presente da Corte Francesa para a família real portuguesa, mais especificamente para o imperador Dom João VI. Ela estava no Brasil desde 1808 e ficava no terceiro andar do Palácio do Planalto, próximo ao gabinete do presidente. A peça, que teve ponteiros e uma estátua que ficava no seu topo arrancadas, está sendo restaurada pelo governo da Suíça.
Nos atos de 8 de janeiro de 2023, um grupo de manifestantes invadiu a sede dos Três Poderes, em Brasília, destruindo artefatos históricos, vidros e outros objetos. O episódio gerou desdobramentos como uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).