Jovem é agredida por policial com tapa no rosto e depois arrastada pelo chãoReprodução / Internet

Um policial militar do Paraná está sendo investigado após a divulgação de um vídeo que mostra a agressão a uma mulher durante uma abordagem policial na cidade de Itambaracá, no Paraná. O incidente ocorreu no último sábado (24) em meio a uma abordagem que verificava denúncias de perturbação do sossego em um bar local.

As imagens, que se espalharam nas redes sociais, mostram uma discussão entre o militar e alguns jovens em frente a um bar. O agente exige que os frequentadores guardem as cadeiras e mesas que estão na calçada.
O policial se dirige a um homem, que estava de costas, com as palavras: "Vai tomar no seu c*". O homem tenta explicar calmamente que o estabelecimento ainda estava aberto devido a um baile.

O PM continua: "Por causa do baile seu r* rapaz, fica com essa m* ligada até essas horas. Fecha essa b* aí logo". O homem responde que já estavam fechando. O policial prossegue: "Tomar no c*. Ficar dando trabalho três horas da manhã rapaz. Você acha que a gente não tem que fazer?"

O homem, de maneira tranquila, concorda: "Está certo, você está certo".

O policial continua com os insultos: “Recolhe essa m* aí logo.” E questiona alguém: “Você está olhando pra minha cara, por quê?” A pessoa responde: “Calma senhor, não estamos fazendo nada de errado.”

Uma mulher então intervém, perguntando ao policial: "Está tendo reclamação?" Ele responde com ironia: "Não, vim aqui porque eu sou bonito." Sem alterar o tom, ela diz: "Estou perguntando de boa." O militar segue com as ofensas.

A mulher, então, comenta: "Autoridade de hoje em dia", o que provoca uma reação mais intensa do policial: "Cala a tua boca. Alguém tá falando com você?"
Nesse momento, o militar desfere um tapa contra o rosto da jovem, que o xinga, e logo toma um chute na barriga e mais um soco. Enquanto estava no chão ainda é arrastada pelas pernas e arremessada para o lado.
Sem aparelhos sonoros

De acordo com o boletim de ocorrência, ao chegarem ao bar, os agentes constataram que o ruído relatado na denúncia não era provocado por aparelhos sonoros, mas sim pelas conversas entre os frequentadores.

A Polícia Militar do Paraná (PMPR) emitiu uma nota oficial informando que um inquérito foi instaurado para apurar a conduta do agente envolvido. "Repudiamos qualquer ato de violência ou abuso de poder por parte dos nossos agentes. O caso está sendo rigorosamente investigado e, se comprovada a irregularidade, serão tomadas as medidas cabíveis", destacou a corporação.