Golpistas invadiram e destruíram os prédios públicos em 8 de janeiroAFP
A Operação Lesa Pátria se tornou permanente. Novas fases têm sido abertas regularmente. As investigações têm previsão de se estenderem até, pelo menos, janeiro de 2025.
A primeira fase da Operação Lesa Pátria prendeu cinco suspeitos de participação nos atos golpistas. Entre eles "Ramiro dos Caminhoneiros", Randolfo Antonio Dias, Renan Silva Sena e Soraia Baccio.
Na segunda etapa da força-tarefa, policiais prenderam, em Uberlândia (MG), o extremista Antônio Cláudio Alves Ferreira, filmado destruindo um relógio histórico no Palácio do Planalto.
A terceira fase da operação prendeu cinco pessoas, incluindo a idosa Maria de Fátima Mendonça, de 67 anos, que viralizou ao dizer em um vídeo que ia "pegar o Xandão". O sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conhecido como Léo Índio, foi alvo de buscas nessa mesma etapa.
A PF abriu a quarta fase ostensiva da investigação e prendeu o empresário conhecido como Márcio Furacão, que se filmou ao participar da invasão ao Palácio do Planalto, e o sargento da Polícia Militar William Ferreira da Silva, conhecido como "Homem do Tempo", que fez vídeos subindo a rampa do Congresso Nacional e dentro do STF.
A oitava etapa da ofensiva teve o maior número de mandados — ao todo, 32 investigados tiveram prisão decretada. A PF prendeu golpistas como a mulher responsável por pichar a estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal com a frase "perdeu, mané" e o homem que teria levado uma bola autografada pelo jogador Neymar da Câmara dos Deputados.
A fase 9 prendeu preventivamente um major da Polícia Militar do Distrito Federal da reserva suspeito de incitar os atos golpistas e de administrar recursos que financiaram ações antidemocráticas. Claudio Mendes dos Santos teria ensinado táticas de guerrilha para os bolsonaristas acampados em frente ao QG do Exército, em Brasília.
Nas primeiras fases, o foco da PF era prender extremistas que participaram dos atos golpistas, mas conseguiram fugir antes de serem detidos. Com o avanço da investigação, os policiais federais fecharam o cerco contra financiadores. O deputado estadual de Goiás Amauri Ribeiro (União) foi alvo de buscas da 15ª fase. Ele afirmou na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado ter "ajudado a bancar" um acampamento golpista.
A cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) também foi alvo da operação, que prendeu quatro oficiais da corporação por suspeita de omissão e conivência com os invasores.
A operação ainda chegou ao deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara. As buscas foram motivadas por mensagens trocadas com uma liderança de extrema direita, responsável por organizar bloqueios de estradas após as eleições de 2022.
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